Borré em Dose Dupla & No Photoshoot – Gauchão 2 em 1 (03/02/2025)

Borré em Dose Dupla & No Photoshoot – Gauchão 2 em 1 (03/02/2025)

Rafael Borré (cen.) faz um coraçãozinho para a torcida colorada depois do segundo gol contra o Juventude (25.01.2025) [Foto: Internacional/divulgação; Disponível em: flickr.com]

Inter 2×0 Juventude. Uma vitória sem riscos no Beira-Rio consagrou o atacante colombiano na estreia em casa no Gauchão

Em 90 minutos, o Inter foi dono do jogo. Depois da vitória contra o Ypiranga em casa, era possível – ainda mais com os fantasmas das eliminações em 2024 – que o Juventude pudesse fazer coisa melhor que a atuação sábado no Beira-Rio. Porém, os comandados (vermelhos) de Roger Machado fizeram uma atuação de primeira qualidade no sábado.

A escalação começou com a boa surpresa de Victor Gabriel jogando pela esquerda ao lado de Vitão na zaga. Outra vez, o jovem zagueiro emprestado pelo Sport correspondeu bem às expectativas. No meio, a repetição dos problemas com Thiago Maia como segundo volante ainda apareceram e travaram o jogo alvirrubro durante o 1° tempo.

Porém, em uma imprudência do zagueiro jaconero empurrando Rafael Borré, o VAR indicou a possibilidade de pênalti que o juiz Rafael Klein acatou apontando para a cal. E lá, ao invés do camisa 10 vermelho Alan Patrick, o próprio colombiano foi e converteu o pênalti abrindo o marcador.

Isso ajudou muito aos jogadores das pontas no 2° tempo, pois na etapa inicial nem Wanderson nem Wesley tinham capturado todo o protagonismo do jogo para si. Nem Bernabei – em sua primeira partida desde a compra em definitivo pelo Inter – tampouco Braian Aguirre aproveitaram as oportunidades. Porém, o Juventude não emplacou no jogo também pelo rebote na preparação física que afetou o atacante Gilberto, substituído ainda no 1° tempo, por exemplo.

Enquanto o Juventude ensaiava uma reação, em um contra-ataque de três passes começando pelo goleiro Anthoni em ligação direta para Alan Patrick, a astúcia do meia fez a diferença. E, num lance genial, Borré recebeu de Alan e no jogo de corpo tirou o goleiro para tocar à meta adversária vazia e fazer o 2 a 0 antes mesmo da bola passar pela linha, dada a facilidade tamanha que o fez estádio inteiro cantar o gol logo após o chute do colombiano. Momento mágico.

Com isto, o volante Ronaldo pode estrear como primeiro volante no lugar de Fernando e o Inter teve paciência para girar a bola e vencer a primeira no estadual. Em suma, uma partida altamente satisfatória.

Alan Patrick (cen.) ergue os braços à torcida após marcar de pênalti o primeiro gol colorado no Estádio do Vale (28.01.2025) [Foto: Internacional/divulgação; Disponível em: flickr.com]

São José 0x2 Inter. Em um jogo que o Inter fez de tudo para abrir a retranca adversária, o Colorado conseguiu isto a duras penas.

Foi um jogo sofrido, mas vencido. É um resumo curtíssimo de um São José e Inter marcado por duzentas conspirações antes do jogo visando colher benefícios para o rival que quer ser octa e malefícios ao Colorado que até aqui não foi beneficiado por alguma correção suspeita feita pelo VAR.

Dentro de campo, o Inter teve um jogador a mais por mais de 80 minutos com a expulsão (correta) de Jonathan Varela, volante do Zequinha e que quase quebrou a perna do camisa 10 Alan Patrick. Em um lance entre tantos de uma das piores atuações da carreira de Anderson Daronco, ele simplesmente ignorou o que estava na frente dele e nem falta havia marcado.

O VAR revisou e deixou o São José com 10, para a ira de Rogério Zimmermann, técnico do time porto-alegrense de azul e que fechou ainda mais seu time. Foi uma estratégia que deu certo no 1° tempo. Pois o Inter pouco atacou e quando o fez fê-lo de forma pouco produtiva deixando espaços para o contra-ataque. Porém, a gasolina do São José começou a decair paulatinamente na etapa final e o Inter, após uma ampla mexida de Roger Machado no time, começou a melhorar.

Foi com Enner Valencia saído do banco que o Inter havia chegado lá pela primeira vez no jogo. Mas o VAR detectou um toque de mão do atacante equatoriano e anulou o gol. Na sequência, após um cotovelaço na bola o VAR chamou Daronco que – depois de atrapalhar a linha de passe colorada pela vigésima vez (sic) – apontou pênalti. Um pênalti legítimo, mas que foi ainda mais celebrado pelo cinismo e pela filhadaputice de muitos que querem “compensação” ao invés de isonomia, numa atitude rasteira.

Alan Patrick, que não tinha nada a ver com isso, tirou do alcance de Fábio Rampi e abriu o placar. A partir dali só deu Inter. E em jogadaça do estreante Johan Carbonero, o chute do colombiano encontrou as redes para fechar o placar. Além do gol, ele se pôs como opção de jogo e fez grande partida pelas pontas, que ainda teimam por ter um desempenho promissor.

No mais, o time começa a encaminhar a classificação rumo às semifinais tendo dois jogos em casa contra Avenida e Brasil de Pelotas. E mesmo vencendo no photoshoot, estes três pontos de terça merecem ser valorizados para conseguir passar como a melhor campanha da primeira fase.

Tiago Pereira Lumertz

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